Há 32 anos atrás, Portugal estava mergulhado numa das mais longas ditaduras dos tempos modernos. Um ditadura sufocante que mantinha a grande maioria da população na miséria monetária e intelectual. A ditadura do silencio e do medo. A ditadura que não dava esperança para o futuro.
Mas algo mudou do dia 24 para o dia 25 de Abril de 1974. Na manhã de 25 de Abril, as pessoas viram tanques e soldados pelas ruas. Gerou-se o medo e a desconfiança. O que se passava ali? Era uma invasão? Não bem pelo contrário….
Ao som de Paulo de Carvalho, que cantava “quis saber quem sou”, transmitido pela então Emissora Nacional, numa acção concertada, um grupo de Capitães do Exército os “Capitães de Abril”, lideravam um grupo de militares para o objectivo principal: a capitulação do Estado Novo e a instauração de um novo regime politico.
E assim foi. NAS ruas explodiu a alegria popular! “Liberdade! Liberdade!” – escutou-se bem alto em Lisboa. O povo sentiu vontade de gritar, de exultar a sua alegria. Numa praça uma florista começou a distribuir as flores do dia, cravos vermelhos e ofereceu aos soldados libertadores. Muitos colocaram-nas na G3. Esta imagem tornou-se um dos símbolos do 25 de Abril, o dia da “Revolução dos cravos”, uma revolução sem sangue, sem perdas de vidas!

A revolução que permitiu que hoje, nós jovens possamos expressar as nossas opiniões livremente, sem medo de ser preso ou torturado. È por isso que hoje, os jovens poderem escolher os seus governantes. Por isso posso estar hoje neste blog a escrever estas palavras, estas singelas palvras.
Palavras de agradecimento a todos os que fizeram a revolução. Palavras de:
“VIVA O 25 DE ABRIL ”.
“LIBERDADE! LIBERDADE!”
Gostava de terminar com a canção que se tornou um hino da revolução, na voz do grande músico cantor e humanista Zeca Afonso:
Letra e música: Zeca AfonsoIn: "Cantigas do maio", 1971
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
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